Não mais Não posso mais me mover Não consigo mais te ver É quase impossível Por trás De tudo que eu conquistei Do tanto que eu me gabei Há alguém desprezível Não vou mais tentar Disso me recuperar É o mesmo que o verão me congelar E eu sei bem Que eu não estou aquém Das consequências dos meus pecados Você foi pra mim O que a carne é prum aço frio Sempre a se dilacerar...

O peso que cai sobre a cabeça Os livros sobre a mesa e a pressão O medo de quaisquer sejam os dias que virão O sol que se ergue na janela Os dias já contados pra lhes ver Ficar é inércia mas sair é esquecer Diariamente sob a luta de escolher E não ter tempo hábil pra me conhecer Cair no mundo Ir do infante ao semiadulto Forçado a me adaptar O pouco tempo Serve como um acalanto Pra me impedir de pensar Ahh A vida mais rápida que nunca A pele vive à flor da emoção Descobrir algo novo em cada relação Pavor de olhar pro meu futuro Pra quem ainda verei e quem mais não Levantarei meu vôo ou ficarei no chão? Cair no mundo Ir do infante ao semiadulto Forçado a me adaptar O pouco tempo Serve como um acalanto Pra me impedir de pensar Ahh Não mais ficar Não mais te amar Não mais me olhar Não mais tentar Não mais saber Não mais te ter Não mais me ver Não mais me conhecer

Tem alguém me esperando lá Pro sul do ocidente, aonde o sol levar Quando ele se põe eu consigo ver Um clarão de vermelho a esplandecer A distância faz aproximar A duas almas tortas mesmo sem tocar E mesmo sem saber o que dizer Detrás de uma tela há um você E se um dia a gente se encontrar Eu vou ficar sem jeito até pra acenar Eu nunca saberia o que fazer O paraíso nunca conseguiu me convencer Se você estiver como eu pensar Eu temo que ao te ver eu possa desmaiar Cê vai me desculpar pelo clichê Mas eu acho que teus olhos vão me fazer falecer Lá laiá laiá O jeito que tu brilha e o jeito que você se veste O jeito que você adorna as fotos com cores silvestres O jeito que tu escreve e o jeito fofo que tu fala O jeito que a distância entre nós me causa extrema raiva O tanto que eu me sinto bobo de tanto que eu penso em você Mesmo você sendo alguém que eu mal cheguei a conhecer E ainda assim você responde, e eu respondo com sorrisos Pena que você não está por perto pra sorrir comigo Lá laiá laiá

Diga adeus Sem chorar Deixe a chuva te afagar Cuidado pra não querer se afogar Era o que Você quis Só olhou pro seu nariz Agora vê que não há final feliz Não se culpe sem pensar Reflita só um pouco e veja o quanto você quis errar Pois no fim foi você Que fez tudo se perder Agora racionalize a sua culpa e vá sofrer Nunca mais vai voltar É difícil acreditar Você teve a sua chance de tentar mudar O que foi, que será, o que é Tudo morre sem pensar Graças à sua licença de matar Diga adeus Sem chorar Deixe a chuva te afagar Cuidado pra não querer se afogar Era o que Você quis Só olhou pro seu nariz Agora vê que não há final feliz Não depende do querer Se isso te conforta: Mesmo por linhas não tortas ia ser Tão horrível como foi A sua atitude foi um lixo Mas inútil se dispôs Não há muito o que dizer Você tenta fazer poesia Mas o semancol quer se perder E você, sem querer piorar Não o deixa te abandonar Proibindo a si mesmo de superar Diga adeus Sem chorar Deixe a chuva te afagar Cuidado pra não querer se afogar Era o que Você quis Só olhou pro seu nariz Agora vê que não há final feliz Peça a Deus Pra parar Deixe a chuva te afogar Cuidado pra não querer se afagar É o que Você quer Pra fugir do que tu é Ir pro ponto morto pra fugir da ré Diga adeus Sem chorar Ninguém vai te perdoar Mesmo você longe todos vão te odiar Foi o que Você quis Agora por que não ris? Você já sabia que não existe final feliz

Você nunca vai entender O tamanho da saudade que eu sinto de você As estrelas vão girar E o tempo vai passar E tu nunca vai lembrar da sensação de me amar Você disse que me tinha em sua mente como um grande amigo Diga então por que é que você nunca mais falou comigo E ainda pôs a lenha pra eu tentar Pra me iludir e me queimar E culpou na confusão a escrotidão que tu teve pra me humilhar Eu até teria o semancol de não lançar essa faixa Se eu não soubesse que pra ti eu nunca existi E tu nem vai se dar o trabalho de ouví-la Mesmo assim se você ouvir e perceber que é de ti que a letra fala Você nem vai reclamar, porque tem nojo de me dirigir a palavra Porra, que foi que eu fiz pra você me ter como alguém tão desprezível? Que grita de desespero por você enquanto você finge que eu não existo Ao menos tenha a coragem de dizer tudo na minha cara Ao invés de fingir que de alguma forma ainda me admira Eu sei que eu nunca te ajudei Que eu nunca tomei iniciativa Que eu nunca deixei de ser eu mesmo Que eu nunca fiz diferença na sua vida Que eu nunca fui alguém decente Que eu nunca dei aviso prévio Que eu nunca agi impulsivamente Que eu nunca me joguei de um prédio Que eu nunca te dei alegria Que eu nunca fiz música boa Que eu não sei escrever poesia Que eu jamais vou ser uma pessoa famosa... Que eu vou passar a vida inteira lamentando o que eu podia ter sido Que eu nunca vou me esforçar pra tirar a cabeça do meu próprio umbigo Que eu nunca vou gostar de elogios Porque pra mim tudo que eu faço é um lixo E eu realmente acho vocês falsos pra caralho por dizer que gostam disso Ao invés de perder tempo do seu dia ouvindo alguém se lamentando sobre coisas que são culpa dele Vai viver a porra da sua vida, vai encher a cara ou fuder pra saciar sua sede Vai morrer aos vinte e cinco anos, vai ter uma overdose, vai ter história pra contar E me deixa com minha vida longa e cheia de palavras pra escrever, cuspir e cantar É engraçado como eu, que não saio de casa, que não saio da cama, que não bebo álcool, que não fumo maconha Tenho mais coisa pra falar do que você Vem aqui tomar o meu lugar Para de gritar e começa a cantar Para de rir, filha da puta, que eu só quero te falar É impossível que esse tipo de gente não deixe claro pra Deus, Jesus, um psicólogo, um psiquiatra, um sociólogo Que o problema não reside em mim O problema não reside em mim O problema certamente não reside em mim...